Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos
https://www.revistaaber.org.br/rberu
<p>A Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos (RBERU) é uma publicação oficial da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos (ABER). A Revista tem por objetivo publicar trabalhos de alta qualidade e que representam contribuição científica no campo da ciência regional, com ênfase para estudos sobre a realidade brasileira. Também são bem-vindos trabalhos sobre a realidade de outros países. A Revista recepciona artigos que apresentem rigorosa fundamentação teórica e aplicação de métodos e modelos empíricos, nos quais as dimensões regional ou urbana são incorporadas como elemento relevante do desenvolvimento econômico.</p> <p>A RBERU está indexada no <em>Research Papers in Economics</em> (RePEc), <em>Journal of Economic Literature</em> (EcoLit), <em>Directory of Open Access Journals</em> (DOAJ), <em>Google Scholar</em>, Periódicos CAPES e Latindex.</p> <p>© Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos</p> <p>Online ISSN: 2447-7990</p> <p> </p>
Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos
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Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos
2447-7990
<p>A submissão de artigo à Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos implica a cessão dos direitos autorais à Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos (ABER).</p> <p>O conteúdo publicado na Revista está licenciada com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_blank" rel="license noopener">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p>
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Infraestrutura de Transporte como Alavanca do Comércio e da Redução da Desigualdade: Evidências para os Estados Brasileiros
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1190
<p>Este artigo analisa os efeitos do investimento público em infraestrutura de transporte sobre as exportações, os déficits comerciais e a desigualdade de renda nos estados brasileiros no período de 2001 a 2020. A estratégia empírica adotada baseia-se no estimador GMM-System, adequado à modelagem de dados em painel dinâmico sujeitos a problemas de endogeneidade e heterogeneidade não observada. Os resultados indicam que a ampliação da infraestrutura de transporte está positivamente associada ao crescimento das exportações, à redução dos déficits comerciais e à diminuição da desigualdade de renda. Exercícios contrafactuais sugerem que um aumento de 20% no investimento em infraestrutura pode elevar as exportações em aproximadamente 3% e reduzir o déficit comercial em até 5%. Do ponto de vista distributivo, o mesmo choque implicaria uma diminuição de até 0,4 ponto percentual no índice de Gini estadual. Os achados empíricos destacam a importância estratégica da infraestrutura como vetor de desenvolvimento regional e de promoção da coesão socioeconômica no contexto brasileiro.</p>
Alana Marinho Feitosa
Jefferson Souza Fraga
Copyright (c) 2025 ABER
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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10.54766/rberu.v19i4.1190
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Credit and municipal agricultural production in the Northeast: A spatial econometric approach
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1177
<p>Os mecanismos de alcances e a expansão da concessão de crédito à agricultura brasileira têm se tornado determinantes para a produção no setor em escala nacional. Assim, objetiva-se analisar os efeitos do crédito à agricultura sobre o valor bruto da produção agrícola (VBP) na região Nordeste. Por meio de uma análise exploratória de dados espaciais e de econometria espacial é possível constatar a importância positiva do crédito, tanto concedido por meio dos Fundos Constitucionais de Financiamentos quanto por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para o VBP da agricultura do Nordeste. Estimou-se o Modelo Espacial Durbin de Erro (SDEM), sendo ele escolhido a partir dos testes de Multiplicadores de Lagrange Robustos e do Índice de Moran dos resíduos sob randomização e da simulação de Monte Carlo do I de Moran. Os resultados evidenciam que o crédito, assim como a quantidade de chuva, o número de máquinas agrícolas e o uso de adubo no solo, impactaram positivamente o VBP agrícola nos municípios nordestinos ao longo dos anos analisados.</p>
Luís Abel da Silva Filho
Denis Fernandes Alves
Ana Cláudia Felipe Barbosa
Maria Messias Ferreira Lima
Copyright (c) 2025 ABER
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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10.54766/rberu.v19i4.1177
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Matriz Interestadual de Insumo-Produto para o Brasil, 2019
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1225
<p>Este artigo apresenta a construção da Matriz Interestadual de Insumo-Produto (MIIP) para o Brasil em 2019, atualizando a versão anterior para 2011 publicada na RBERU. A nova MIIP incorpora avanços metodológicos e amplia a base de dados, refletindo mudanças estruturais nas economias estaduais e suas inter-relações. Utiliza-se o método híbrido Interregional Input-Output Adjustment System (IIOAS), que integra informações oficiais do IBGE com técnicas não censitárias para estimar fluxos de comércio interestadual e relações intersetoriais, garantindo consistência com a matriz nacional. O sistema abrange 128 produtos, 68 setores e as 27 unidades da federação, incorporando também contas socioambientais (ocupações, emissões de CO2 e, consumo de energia e de água). Os resultados oferecem uma base de informação robusta para análises regionais e simulações de políticas públicas, contribuindo para o avanço da Ciência Regional no Brasil.</p>
Eduardo Amaral Haddad
Inácio Fernandes de Araújo
Ademir Rocha
Vinicius de Almeida Vale
Copyright (c) 2025 ABER
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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10.54766/rberu.v19i4.1225
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Importações e mudanças estruturais na indústria brasileira, 2003-2018: Uma análise de decomposição estrutural
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1197
<p>Este estudo examina como os ciclos cambiais se relacionam com a estrutura das importações industriais brasileiras entre 2003 e 2018, por meio de uma Análise de Decomposição Estrutural (ADE) baseada em matrizes de insumo-produto. A análise destaca o papel predominante da demanda final na variação das importações setoriais e evidencia diferenças entre os períodos de valorização cambial (2003–2010) e de desvalorização (2011–2018). Constatou-se que, apesar da desvalorização observada no segundo ciclo, não ocorreram mudanças significativas nos padrões de consumo, na intensidade do uso de insumos importados ou na dinâmica tecnológica, sugerindo que essa reversão cambial não foi suficiente para alterar as tendências estruturais estabelecidas anteriormente.</p>
Gustavo Henrique Leite de Castro
Carlos R. Azzoni
Copyright (c) 2025 ABER
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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10.54766/rberu.v19i4.1197
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Pobreza energética: Uma análise para os domicílios do Brasil rural e urbano
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1182
<p>Este estudo propõe a construção de um Índice de Pobreza Energética Multidimensional (MEPI) para o Brasil, inspirado no método Alkire-Foster, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) de 2023. O índice integra dimensões como tipo de combustível utilizado, acesso à eletricidade, posse de eletrodomésticos essenciais e disponibilidade contínua do fornecimento de energia. Além de mensurar a incidência da pobreza energética, estimou-se um modelo logit multinomial para identificar fatores associados à probabilidade de um domicílio ser classificado em diferentes níveis de privação energética (não pobre, vulnerável, pobre e pobre severo). Os resultados apontam que 27% dos domicílios encontram-se vulneráveis, enquanto 0,83% vivenciam pobreza energética consolidada, com forte concentração nas áreas rurais. As chances de um domicílio rural ser pobre energético são cerca de 15 vezes maiores que as de um urbano. Renda, escolaridade, raça e arranjo familiar mostraram-se relevantes, indicando que a pobreza energética é um fenômeno multidimensional que reflete desigualdades socioeconômicas e territoriais. As evidências reforçam a necessidade de ações coordenadas entre setor público, setor privado e sociedade civil, reconhecendo que o enfrentamento da pobreza energética exige abordagens intersetoriais e sensíveis às particularidades locais.</p>
Paulo André Manhães Barbosa
Isabela Almeida dos Santos
Maria Micheliana da Costa Silva
Copyright (c) 2025 ABER
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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Distribuição geográfica dos médicos no estado da Bahia: Uma análise espacial de dados em cross-section
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1144
<p>O objetivo da pesquisa foi identificar e analisar os principais determinantes da distribuição espacial dos médicos no estado da Bahia. Tem-se observado grande desigualdade na distribuição geográfica dos médicos no Brasil e no mundo, ensejando amplos debates acerca do tema. A partir dos dados do CNES/DATASUS e do INEP/MEC, nos anos de 2010 e 2022, foi realizada uma Análise Exploratória de Dados Espaciais, verificando que o indicador médico por mil habitantes, bem como alguns fatores que refletem na sua aglomeração, são autocorrelacionados espacialmente nos municípios baianos. Posteriormente, foi realizada uma análise espacial em dados cross-section, por meio do modelo espacial Durbin (SDM), contemplando os 417 municípios do Estado da Bahia, observados no ano de 2010 e 2022. Os resultados indicaram que a quantidade de equipamentos hospitalares, leitos hospitalares, demais estabelecimentos de saúde, população, renda per capita e faculdades de medicina foram os principais determinantes da distribuição dos médicos no território baiano.</p>
ELAINE DOS SANTOS SIMÕES
Julyan Gleyvison Machado Gouveia Lins
Stélio Coêlho Lombardi Filho
Copyright (c) 2025 ABER
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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Tourism and COVID-19: Regional Economic Impacts of Cancelling Carnival Celebrations in Brazil
https://www.revistaaber.org.br/rberu/article/view/1212
<p>Este artigo estima os impactos econômicos da não realização do Carnaval no Brasil em 2021. Sua contribuição é dupla: por um lado, analisa a relação entre a COVID-19 e o turismo de eventos no Brasil sob a ótica da gestão de crises; por outro, quantifica a magnitude desses efeitos por meio da metodologia de insumo-produto. Os resultados indicam que o cancelamento do Carnaval, motivado por razões sanitárias, gerou perdas econômicas para os estados anfitriões, decorrentes da redução no fluxo de turistas, da perda de R$ 650 milhões em arrecadação tributária e da eliminação de 200 mil oportunidades de trabalho. As atividades turísticas foram diretamente afetadas e concentraram os maiores impactos, com destaque para o setor de “Alojamento e serviços de alimentação”. Entre os estados analisados, Pernambuco apresentou os impactos econômicos negativos mais expressivos, evidenciando a relevância do Carnaval para sua economia local.</p>
Thais Diniz Oliveira
Cláudio Eurico Seibert Fernandes da Silva
Victor Eduardo de Mello Valério
Rayan Wolf
Luiz Carlos de Santana Ribeiro
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https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2025-10-15
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